Hoje apeteceu-me escrever. Em homenagem a todos voces que passaram e passam pela minha vida, que bem ou mal me marcaram e ainda marcam. (É bom dizer que decidi escrever isto pq estive a ler o blog da Rita e...não sei, fiquei com saudades dos sorrisos de quem, de alguma forma, me tornou um bocadinho melhor enquanto pessoa).
Gostei especialmente, Rita, do teu texto sobre a memória. Porque me apercebi que é mesmo verdade. Lembro-me mesmo de pormenores que nao achava possível estarem ainda tão vivos cá dentro. Como a primeira vez em que vi a minha irmã. (Engraçado, eu tinha 4 anos e até me lembro da roupa que vestia...). Atrevo-me até a dizer que tenho esse momento na minha memória tao claramente como o dia em que aqui cheguei, o dia em que esta aventura começou. O dia em que sofri mais do que nunca a saudade daquilo que deixei para trás, a saudade mesmo de algumas coisas que, agora sei, nunca vou recuperar. Mas não tenho pena...nem por um segundo. Perdi, talvez, algo mt importante, mas ganhei dezenas de outras coisas essenciais, dezenas de outros sorrisos que certamente me servirão de consolo quando, ao longo da vida, for perdendo o que agora tenho como certo. Por isso digo, ainda bem que vim, ainda bem que não voltei atras! Porque só assim pude ter a certeza de que me lembro tao bem de todos os pormenores de cada gargalhada da minha irma, cada beijo da minha mae, cada palavra de conforto do meu pai, cada cozinhado das minhas avós, cada jogo do Porto na companhia do meu avô, cada tarde no Terminal, cada praxe, cada lagrima, cada dia em Braga ou em Matosinhos. Enfim.. Agora finalmente sei que o tempo é relativo e posso senti-lo.
Espero ansiosamente pelo primeiro abraço de cada um daqueles que me querem bem e digo-vos, prometo-vos mesmo, que poderia ir até ao fim do mundo, ainda assim saberia qual é o meu lugar*